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Foto do escritorDrª Renata Miranda

Você sabia que no mundo, em média, 1 em cada 10 pessoas terá um cálculo renal ao longo da vida?

E que entre aqueles que tiverem o diagnóstico de uma pedra nos rins, cerca de 50% terão uma recorrência nos próximos 10 anos?


Seja de forma sintomática onde uma dor lombar, e muitas vezes de caráter excruciante é a forma clássica de apresentação ou como um achado em um exame de imagem realizado com outra intenção, a nefrolitíase não é nenhuma desconhecida. A maioria tem um parente, amigo ou mesmo história pessoal de pedra nos rins.


Se não bastasse a elevada prevalência, a taxa de recorrência também é altíssima de até 50% em 10 anos e associada à sua grande morbidade, acaba justificando uma análise pormenorizada de cada caso, afinal ninguém gosta de sentir dor, ainda mais com essa frequência.


Outro dado interessante é perceber o aumento do número de novos casos, conhecido como incidência da doença, que de forma geral tem crescido ao redor do mundo, sendo a mudança nos hábitos alimentares um dos fatores mais relevantes.


A síndrome metabólica com sua resistência insulínica e suas apresentações (diabetes 2, obesidade, hipertensão, gota, esteatose hepática) tem ganhado cada vez destaque como potencial fator de risco na formação da nefrolitíase.


Percebem que uma pedra nos rins pode ser a ponta de um iceberg que esconde um risco elevado de do


enças cardíacas e renais.


Lembrem-se que tratar a raiz do mal do milênio, a resistência insulínica, começa com aquilo que você come.

O quadro clinico pode se apresentar com uma dor lancinante por vezes comparada a dor do parto normal , sangramento na urina, associado ou não a náuseas e vômitos.


E porque ocorre a dor renal?

Não basta o cálculo estar dentro do sistema urinário. Ele tem de causar uma obstrução total ou parcial à drenagem da urina, sendo essa condição mais frequente nos estreitos ureteres, que são aqueles canais que ligam os rins até a bexiga. A dilatação do órgão, conhecida tecnicamente como hidronefrose, que ocorre com o bloqueio à saída da urina provoca a distensão da capsula renal, sendo o grande motivo da dor intensa e característica da cólica renal.


Esse diagnóstico é feito pela ultrassonografia de abdômen ou pela tomografia de abdômen sem contraste (esse último padrão ouro).



Nesses exames serão definidas quantas pedras existem e qual o tamanho delas, assim se definirá a conduta, podendo ser clinica (conservadora) com hidratação e medicação analgésica ou conduta cirúrgica.


E como impedir que um paciente tenha uma nova pedra?

Buscando-se o porquê da formação de cálculos naquele indivíduo. Tecnicamente esse processo é conhecido como estudo metabólico. Nada mais é do que a solicitação de exames de sangue e urina, que devem ser individualizados após uma consulta clínica com uma boa anamnese e exame físico. Esses exames são realizados pelo medico nefrologista.


Portanto, cuide de seus hábitos alimentares, ingira bastante água e se tiver casos de nefrolitiase na família ou se você mesmo já teve esse quadro, procure um nefrologista para fazer investigação metabólica e fazer um tratamento preventivo para evitar novas crises de dor e recorrência dessas pedras.


Dra Renata Miranda - CRM 29955


Md Clinica Geral e Nefrologista RQE 2135


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